Aplicações em previdência privada crescem 13% no ano

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Possíveis mudanças nas regras da aposentadoria provocam aumento na procura por PGBL e VGBL

Você já pensou em sua aposentadoria? Se acha que está distante e que é muito jovem, é bom começar a pensar no assunto, já que especialistas defendem que depender apenas do INSS é arriscado, principalmente agora, quando mudanças nas regras da aposentadoria estão em discussão. Há duas opções de previdência privada: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Só que não há unanimidade; há quem defenda outras opções para complementar a renda da previdência convencional, como investimentos em diversas modalidades de renda fixa. Entretanto, em um ponto os especialistas concordam: é preciso começar a economizar e investir o mais cedo possível.

E mais gente está optando pela previdência privada. Os planos abertos de caráter previdenciário (que incluem os PGBLs e os VGBLs) somaram R$ 52 bilhões no primeiro semestre deste ano, alta de 13% frente a igual período do ano anterior, conforme a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

“O déficit da Previdência Social, que cresce a cada ano, tem tornado cada vez mais evidente a necessidade da criação de uma poupança de longo prazo para garantir renda complementar na aposentadoria. O investidor brasileiro tem estado cada vez mais ciente desse cenário”, diz o diretor da Fenaprevi, Luciano Snel. O coordenador do curso de Administração do Ibmec/MG, Eduardo Coutinho, diz que, mesmo que seja um valor baixo, é necessário guardar e investir. “Algumas pessoas chegam a ficar desestimuladas, já que não conseguem ter uma quantia alta todo mês. Só que ter uma reserva para o futuro, mesmo que seja pouca, é bem melhor do que nada”, observa.

Ele ressalta que a situação da Previdência Social tende a se agravar nos próximos anos, já que o número de contribuintes para sustentar o sistema não está crescendo. “A conta não fecha. A previdência pode entrar em colapso”, diz. Coutinho afirma que os dois tipos de previdência privada – VGBL e PGBL – têm rendimentos parecidos, só que há diferenças na cobrança do Imposto de Renda.

No PGBL, quando o dinheiro é sacado, o imposto pago é referente ao total que havia no fundo. Já no VGBL, a cobrança do imposto no saque é referente ao que o dinheiro investido rendeu. “É preciso ficar atento às diferenças. O problema da previdência privada é o custo alto, já que há taxas cobradas”, diz. O economista da Faculdade Fipecafi FEA/USP Silvio Paixão afirma que a aposentadoria privada é uma opção, mas não é a única. “O melhor investimento é aquele que é mais apropriado ao perfil da pessoa, se ela está disposta ou não a correr risco para ter um ganho mais expressivo”, diz. Ele defende que é importante ter uma reserva financeira e começar a guardar o quanto antes.

Taxas

Ganhos. A taxa da modalidade de renda fixa do VGBL, que é mais popular, varia de 10% a 12% ao ano. Já a modalidade variável está na casa dos 20% ao ano, conforme dados da Anefac.

Tipos

Idade do investidor deve ser levada em conta na escolha

A escolha dos investimentos com o objetivo de ter um complemento de renda no momento da aposentadoria, além de levar em conta o perfil do investidor, deve considerar também sua idade, segundo o coordenador do curso de administração do Ibmec/MG, Eduardo Coutinho: “Aplicações em renda variável, como o caso de ações, é mais aconselhável para os mais jovens. Só que é preciso ter sangue frio para as oscilações do mercado”.

Para ele, investimentos em renda fixa, como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Letras de Crédito Imobiliário(LCIs), são boas aplicações para pessoas com mais idade. O especialista recomenda que, sempre que possível, a pessoa diversifique os investimentos.

O educador financeiro Robinson Trovó também aponta os investimentos de renda fixa como boas opções para a aposentadoria; além de CDB e LCI, ele destaca o título prefixado e Tesouro Direto.

Roberto Vertamatti, diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), diz que é possível chegar a ter por volta de R$ 85 mil num prazo de 15 anos, investindo R$ 100 mensais numa previdência privada na modalidade VGBL/renda fixa, considerando a taxa atual de 10% ao ano. “Assim, quem já tem um pouco mais de idade ainda pode ter um reforço para a aposentadoria. Agora, é claro que quanto mais cedo, melhor”, diz.

Já o diretor da L&S Capital, Fernando Baggio, diz que os planos de previdência privada têm taxas altas e as ações têm risco elevado, o que não é aconselhável para quem deseja ter recursos para a aposentadoria. “A renda fixa é uma opção, em especial os títulos do governo, as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs)”, diz. A presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Berwanger, diz que quem tem condições financeiras deve aderir a um plano de previdência privada que complemente a Previdência Social. (JG)

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Fonte: O Tempo

 

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