Aposentados paulistas representam 1 em cada 5 do pente-fino do INSS
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começou, há uma semana, a convocação dos segurados que recebem a aposentadoria por invalidez e que estão há mais de dois anos sem fazer a reavaliação da incapacidade permanente.
Ao todo, o pente-fino vai avaliar 1.004.886 pessoas, sendo que a maioria delas, 227.506 segurados, são paulistas. Isso representa 22,6% do total, ou seja, um em cada cinco aposentados que passarão pelo pente-fino são do Estado de São Paulo.
O primeiro lote de cartas-convocatórias foi enviado para 22.057 segurados. As primeiras perícias devem acontecer já na semana que vem.
O aposentado convocado pelo INSS deve marcar a data da perícia médica pelo telefone 135. O prazo para agendamento é de cinco dias após o recebimento da convocação, caso contrário o pagamento será suspenso.
O governo prevê terminar o pente-fino até dezembro de 2018 e, com isso, gerar uma economia de R$ 10 bilhões. Atualmente, o INSS paga cerca de R$ 3,8 bilhões por mês a 3,2 milhões de segurados por invalidez.
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Foram estabelecidos dois critérios para definir a convocação dos segurados. Quem tem mais de 60 anos de idade não será chamado. Do mesmo modo, quem tem mais de 55 anos e recebe a aposentadoria por invalidez há mais de 15 anos também escapou da reavaliação. O INSS estima o corte de 20% dos benefícios a serem avaliados.
Auxílio-doença
A operação pente-fino também inclui os benefícios de auxílio-doença (de caráter temporário) pagos há mais de dois anos sem reavaliação pericial.
Segundo o INSS, até o dia 4 de agosto, foram realizadas 210.649 perícias com 168.396 benefícios cancelados. A ausência de convocados levou ao cancelamento de outros 20.304 benefícios.
Além disso, 33.798 benefícios foram convertidos em aposentadoria por invalidez, 1.892 em auxílio-acidente (com valor parcial), 1.105 em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5.458 pessoas foram encaminhadas para reabilitação profissional, onde serão preparadas para voltar ao mercado de trabalho.
Nos benefícios de auxílio-doença, o governo espera economizar R$ 2,7 bilhões. Ao todo, serão reavaliados 530.191 benefícios deste tipo.
Fonte: R7