Proposta de reforma da Previdência é ‘muito dura’, dizem analistas

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A proposta de reforma da Previdência Social surpreendeu até mesmo defensores de mudanças nas regras das aposentadorias. Para economistas e especialistas em Previdência ouvidos pelo G1, o texto foi elaborado pensando em uma boa margem de negociação no Congresso para conseguir a aprovação de um assunto tão polêmico e que mexe diretamente com o futuro dos brasileiros.

“É bem dura. Estão pegando pesado. Estão jogando muito mais pra cima para conseguir alguma coisa mais pra baixo. É estratégia de negociação, é normal, faz parte do jogo”, avalia o economista-chefe da Gradual Invest, André Perfeito.

A presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Jane Berwager, considerou a proposta “muito radical” e se disse surpresa pela possibilidade de a idade mínima para aposentadoria ser ainda maior do que 65 anos. A reforma prevê ainda um mecanismo de ajuste automátivo da idade mínima de acordo com o aumento da chamada “sobrevida” da população brasileira.

“Veio além da dose, muito muito radical. Penso que o Congresso precisaria amenizar isso e achei muito cruel a questão da desvinculação do salário mínimo de benefício assistencial, que são pessoas idosas e deficientes. É é realmente uma coragem muito grande”, diz.

Pela proposta apresentada pelo governo, nenhum aposentado receberá menos que um salário mínimo. O texto prevê, entretanto, a desvinculação de pensões e auxílios ao salário mínimo.

A mudança é polêmica, mas permitirá redução dos gastos com a Previdência já no curto prazo. “Seria interessante se tivesse outro tipo de desvinculação nessa regra, mas atingir pensão e auxílios isso já ajuda, é importante e deverá ter um impacto relevante”, afirma o economista Fabio Klein, da Tendências Consultoria.

Para a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, a desvinculação é importante para reduzir o rombo da Previdência e sinalizar um compromisso de curto, médio e longo prazo. “Esse tipo de medida ajuda a antecipar o efeito no caixa. E tem também impacta nas expectativas, pois hoje o Brasil é uma questão de expectativa. É preciso mostrar para o investidor que não vai ter calote lá na frente. E isso é importante hoje para estabilizar a economia”, destaca.

Fonte: G1

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